quarta-feira, 15 de maio de 2013

Posse responsável é a solução para evitar o abandono de animais




Há uma série de temas ligados à defesa animal que estão ganhando espaço cada vez maior nos debates em todo o mundo, com destaque para a necessidade de inibir os diversos tipos de maus-tratos e atitudes de crueldade. Entre os assuntos mais importantes nessa discussão está a questão do abandono de animais de estimação como cães e gatos. Domesticados pelo homem há milhares de anos, esses grandes companheiros têm oferecido sua amizade, proteção, trabalho e dedicação, pedindo em troca alguns cuidados básicos e a certeza de que continuarão a ter a amizade daqueles a quem foram entregues.
Ser proprietário de um animal de estimação é ser responsável por ele até o fim de sua vida, cuidando e garantindo seu conforto, segurança e saúde. Seja ele um animal de raça pura ou sem raça definida, filhote ou idoso, tenha nascido em um belo canil ou tenha sido resgatado das ruas, seja como for ele será para sempre um ser vivo que sente fome, frio, medo, dor e tristeza quando é abandonado. O abandono é um dos inúmeros tipos de maus-tratos aos animais e, como tal, é considerado crime passível de punição legal. O Brasil tem aperfeiçoado constantemente sua legislação nesse sentido e outros países continuam também em permanente debate para encontrar a melhor maneira de inibir o abandono e outras formas de maus-tratos.
Informações divulgadas esta semana pela imprensa internacional, por exemplo, dão conta de que o México também avançou significativamente em direção a uma política mais efetiva de proteção aos animais, dando um exemplo que tem tudo para ser seguido em outros países. A partir de agora, graças a decreto promulgado na Cidade do México, passaram a ser caracterizados como crimes a crueldade e os maus-tratos de animais domésticos, de rua ou silvestres. O castigo para quem cometer esses crimes poderá chegar até seis anos de prisão.
Para combater o abandono e outras práticas cruéis, é fundamental que os proprietários de animais de estimação compreendam sua responsabilidade para garantir que seus companheiros terão uma vida saudável, segura e feliz.

Entre as diversas recomendações para a posse responsável, a ONG Ajudajudar de Atibaia destaca alguns pontos que são essenciais na hora de decidir adotar um animal. Para começar, é preciso saber se toda a família está de acordo com a chegada de um cão ou gato em sua rotina e se haverá recursos financeiros suficientes para mantê-lo, com uma alimentação saudável, consultas ao veterinário, vacinas, etc. Também é importante saber quem ficará responsável por cuidar do animal durante os dias da semana, nos finais de semana, férias e feriados. Vale lembrar que um cão ou gato não é um brinquedo, ou seja, não é possível simplesmente deixá-lo de lado quando a “brincadeira” cansar.

Outra recomendação é que o novo dono saiba muito bem quais são as características do animal – tamanho, hábitos, necessidades – e tenha a certeza de que terá espaço suficiente, além de tempo e paciência para ensiná-lo com carinho. Tudo isso ajuda a evitar problemas futuros e, o que é mais importante, pode ajudar a reduzir o número de animais que são abandonados apenas porque seus donos não sabiam quais eram as verdadeiras responsabilidades envolvidas. Finalmente, ser um proprietário responsável é também evitar as crias indesejadas de cães e gatos, providenciando sua castração o mais breve possível.


Cuca Barreto (jornalista e voluntária da ONG Ajudajudar)

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