terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014 !


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GATEIROS E CACHORREIROS. EITA RAÇA!


Normalmente não comento sobre as manifestações dos leitores. As razões 
são várias. Vão desde a impossibilidade de responder pessoalmente a todas 
as mensagens – que são muitas – até a precaução no sentido de manter um 
espaço absolutamente democrático para que cada um se manifeste 
livremente, sem correr o risco de ter sua opinião censurada ou questionada.
Porém, dessa vez decidi tecer mais alguns comentários a respeito da nota 
sobre a Consulta Pública da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do 
Rio de Janeiro, que irá publicar uma Lista Oficial de Espécies Invasoras.
O que me motiva a escrever agora foi a enorme repercussão que a nota 
alcançou. Foram quase 6 mil recomendações no Facebook, mais de 150 
comentários de leitores e quase 200 réplicas no Twitter.
Poucas vezes vi na internet um número tão grande de pessoas se 
manifestando a respeito de uma notícia. No caso da nota sobre as espécies 
invasoras, tamanho alcance deve-se principalmente ao enorme poder de 
mobilização que os protetores de animais domésticos possuem. 
Eles são conhecidos popularmente como gateiros e cachorreiros. 
São pessoas que dedicam grande parte do seu tempo a causa da proteção 
dos animais domésticos.
Protetores de animais: amor de bicho não tem preço.
Essas pessoas são capazes de sacrifícios imensos para defender aquilo 
que elas acreditam. Não existe no mundo – e digo sem medo de errar – 
nenhum outro movimento em que seus membros se envolvam tanto com 
a causa que abraçam. Nenhum grupo político ou religioso possui 
integrantes dispostos a tanto sacrifício pessoal como é o caso dos gateiros 
e cachorreiros. Nenhum grupo social tem uma capacidade de mobilização 
tão forte quanto eles. É impressionante.
A sorte de quem maltrata animais é que esse imenso grupo de protetores 
ainda desconhece o poder que tem. Pois no dia que eles se organizarem 
e passarem a ter estratégias claras de atuação, o mundo político irá tremer.
Os protetores de animais podem arruinar uma carreira política. Podem 
condenar um produto ao fracasso e, até, causar enormes prejuízos à 
empresas que insistem em ignorá-los. Uma grande parte desse grupo de 
ativistas é formada por donas de casa. São mulheres que decidem o que 
comprar em seu lar e que, com o poder de mães, esposas e filhas, 
conseguem mudar a opinião – e o voto – da família.
Para a felicidade daqueles que ignoram os apelos desse grupo, o movimento 
ainda não é organizado. Não existem lideranças nacionais com capacidade 
de mobilizar e de conduzir uma ação uniforme em território nacional. No dia 
que isso acontecer, senadores da República e até candidatos a presidente 
do país terão que estender tapetes vermelhos para eles.
O mais impressionante nesse grupo, além do grande poder de mobilização, 
é outra característica muito singular: grana. Ou melhor, a falta dela. 
Em 25 anos de lida diária na causa ambiental, nunca vi um “movimento social”
trabalhar sem ganhar. Pelo contrário. Penso que os protetores de animais é 
o único grupo que tira do próprio bolso o financiamento para as suas causas. 
Eles não são empregados em ONGs, não recebem bons salários, como a 
grande parte dos ambientalistas profissionais, não dispõe de financiamento 
público e muito menos recebem emendas de parlamentares. O dinheiro deles 
vem das “vaquinhas”, das “rifas” e dos trocados que conseguem juntar 
impondo-se algum sacrifício pessoal.
Não existem estatísticas que mostram quantos eles são. E muito menos 
existem dados oficiais sobre quem eles são.
Mas uma boa dica para identificar um potencial protetor é reparar em 
alguns dos seus hábitos mais comuns: possuem animais domésticos, 
provavelmente mais de um. 
Nas redes sociais, seus álbuns de fotos sempre possuem a foto de um 
gatinho, de um cachorrinho, ao lado das imagens de suas famílias. Nas ruas, 
seu animal de estimação está quase sempre no colo, ou, se for grande, 
sempre ostentará um pelo brilhoso ou uma coleira da moda. Para esse 
grupo, não existe diferença social entre os animais. 
Os de “raça” e os “vira-latas” são iguais, nem mais, nem menos.
A eles, os protetores e protetoras do Brasil, dedico minha inteira admiração 
e agradeço imensamente as lições de amor e respeito à vida, que muitas 
vezes nos faltam quando somos absorvidos pelos debates “técnicos” 
em nossa luta ambiental.

Obrigado.

Fonte http://blogs.estadao.com.br/dener-giovanini/gateiros-e-cachorreiros-eita-raca/



















Homenagem ao fracasso


Numa sociedade em que o sucesso é almejado e festejado acima de tudo, onde estrelas, milionários e campeões são os ídolos de todos, o fracasso é visto como algo embaraçoso e constrangedor, que a gente evita a todo custo e, quando não tem jeito, esconde dos outros. Talvez não devesse ser assim.
Semana passada, li um ensaio sobre o fracasso no "New York Times" de autoria de Costica Bradatan, que ensina religião comparada em uma universidade nos EUA. Inspirado por Bradatan, resolvi apresentar minha própria homenagem ao fracasso.
Fracassamos quando tentamos fazer algo. Só isso já mostra o valor do fracasso, representando nosso esforço. Não fracassar é bem pior, pois representa a inércia ou, pior, o medo de tentar. Na ciência ou nas artes, não fracassar significa não criar. Todo poeta, todo pintor, todo cientista coleciona um número bem maior de fracassos do que de sucessos. São frases que não funcionam, traços que não convencem, hipóteses que falham. O físico Richard Feynman famosamente disse que cientistas passam a maior parte de seu tempo enchendo a lata de lixo com ideias erradas. Pois é. Mas sem os erros não vamos em frente. O sucesso é filho do fracasso.
Tem gente que acha que gênio é aquele cara que nunca fracassa, para quem tudo dá certo, meio que magicamente. Nada disso. Todo gênio passa pelas dores do processo criativo, pelos inevitáveis fracassos e becos sem saída, até chegar a uma solução que funcione. Talvez seja por isso que o autor Irving Stone tenha chamado seu romance sobre a vida de Michelangelo de "A Agonia e o Êxtase". Ambos são partes do processo criativo, a agonia vinda do fracasso, o êxtase do senso de alcançar um objetivo, de ter criado algo que ninguém criou, algo de novo.
O fracasso garante nossa humildade ao confrontarmos os desafios da vida. Se tivéssemos sempre sucesso, como entender os que fracassam? Nisso, o fracasso é essencial para a empatia, tão importante na convivência social.
Gosto sempre de dizer que os melhores professores são os que tiveram que trabalhar mais quando alunos. Esse esforço extra dimensiona a dificuldade que as pessoas podem ter quando tentam aprender algo de novo, fazendo do professor uma pessoa mais empática e, assim, mais eficiente. Sem o fracasso, teríamos apenas os vencedores, impacientes em ensinar os menos habilidosos o que para eles foi tão fácil de entender ou atingir.
Claro, sendo os humanos do jeito que são, a vaidade pessoal muitas vezes obscurece a memória dos fracassos passados; isso é típico daqueles mais arrogantes, que escondem seus fracassos e dificuldades por trás de uma máscara de sucesso. Se o fracasso fosse mais aceito socialmente, existiriam menos pessoas arrogantes no mundo.
Não poderia terminar sem mencionar o fracasso final a que todos nos submetemos, a falha do nosso corpo ao encontrarmos a morte.
Desse fracasso ninguém escapa, mesmo que existam muitos que acreditem numa espécie de permanência incorpórea após a morte. De minha parte, sabendo desse fracasso inevitável, me apego ao seu irmão mais palatável, o que vem das várias tentativas de viver a vida o mais intensamente possível. O fracasso tem gosto de vida.

Marcelo Gleiser é professor de física e astronomia do Dartmouth College, em Hanover (EUA). É vencedor de dois prêmios Jabuti e autor, mais recentemente, de "Criação Imperfeita". Escreve aos domingos na versão impressa de "Ciência".

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Fogos e trovões podem matar o seu cachorro

Imagine que você está tranquilo na sua caminha e de repente ouve um estouro duas vezes mais alto do que os fogos de artifício comum. Assusta, né? É isso que acontece com os cães, já que eles possuem uma capacidade auditiva que vai além do dobro da dos humanos. "Ah, mas o meu cachorro se assuta com fogos e trovões que explodem longe..." Longe para você. Além da incrível potência, os ouvidos caninos também mandam bem na distância e podem ouvir sons 4 vezes mais longe que você. É importante lembrar que barulhos muito altos podem ter um impacto muito negativo nos cães. Podem torna-los excessivamente medrosos, agressivos e até causar a morte do animal por enfarte. Há também vários cães que morrem enforcados em suas guias ou pulando pela janela de prédios altos. O ideal é acalmar o seu bichinho nas festas de fim de ano, finais de campeonato e em dias trovejantes. Em geral, eles ficam mais tranquilos quando você está por perto, mas em casos extremos, alguns veterinários podem receitar calmantes. Uma dica muito útil é deixar o cachorro dentro de casa com a TV ligada algumas horas antes dos fogos e ir aumentando o volume aos poucos, até que ele se acostume com o barulho. Colaborou Rafael O. Teixeira Fonte: http://muito.in/1cr380L

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Muito ajuda quem trabalha


Muito ajuda quem trabalha. 

Quem trabalha, sabe o que acontece. 

Quem acontece, conhece a importância do trabalho compartilhado, tem noção de que é preciso ir com cuidado e sabe como ajudar de fato. 


Há hora de entrar no mato e procurar filhote em toca, sabendo respeitar o animal e suas necessidades, há hora de castrar, de educar, de dialogar. É sempre hora de cuidar de verdade, sem lançar mão de apelos fáceis e emoções exacerbadas.

Ajudar sem perder tempo olhando para o próprio umbigo, ajudar olhando para um horizonte maior, de abrangência maior, ajudar pensando no trabalho sustentável, de longo prazo e com alcance mais claro.

Quem não sabe, não faz, não acontece e não ajuda, só corre em volta do próprio rabo e depois fica choramingando nas redes sociais.

Paciência, é preciso dormir com esse barulho e acordar cedo para
continuar na luta.

Os animais agradecem.

terça-feira, 30 de julho de 2013



Ajudajudar no programa Cotidiana

A Ajudajudar, fundada em janeiro de 2010, na cidade de Atibaia, é uma associação sem fins lucrativos cuja finalidade é levantar fundos através da realização de eventos para cobrir gastos com o bem-estar animal, desenvolver projetos de controle populacional de cães e gatos, promover a convivência harmônica entre seres humanos e animais, promover atividades educacionais e culturais.

http://ajudajudar.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/ajudajudarassociacao
http://www.youtube.com/user/Ajudajudar

video by
http://www.youtube.com/user/cotidianagouvea
https://www.facebook.com/pages/Cotidiana-Regiao-Bragantina/193228507409698

quarta-feira, 17 de julho de 2013

CASTRAÇÃO DOS CÃES DO SÍTIO DA YOHANA


                    
Um grupo de voluntários que abraçaram os 70 animais da Yohana. O mutirão de castração realizado neste domingo foi uma das iniciativas. Essa ajuda acontece desde o ano passado com um extenso trabalho de construção de acomodações melhores para os animais. Ainda há muito a fazer por lá, mas as condições dos animais estão cada vez melhores. Persistência e paciência para superar as barreiras, atitude, ação, emoção ao ver a vida do animal ficar melhor. Isso é proteção.

A Ajudajudar juntamente com a Faros d'Ajuda e uma "UMA EQUIPE DE ELITE" de Veterinários e voluntários realizou em mais de 15 horas de trabalho, 63 animais castrados, 23 filhotes encaminhados à adoção na Faros !!!

2 ONGs, 7 veterinários, 7 voluntários, 3 tosadores.
Estávamos cientes de que seria algo complicado de fazer acontecer, porém, mais uma vez
Contamos com parcerias de primeira qualidade, tanto profissional como humanitária,

Tudo aconteceu em meio a muita alegria, descontração e união.

Parabéns Ajudajudar, Faros D'ajuda aos Veterinários: Andréa Affonso, Marcelo Olivato, Emily Sorgi, Anne Yamato, Thaís Damada, Claudio Zago Junior Zago. Tosadores: Taty Miyashiro, Tânia e Marcos Lobo ( Estética Canina Marquinhos ), Apoio: Maria Yamato, Solange, Nane Souza, Wild, Marco Aurélio, Selma, Jose Luis

Para quem ainda não fez a conta, serão menos 756 animais por ano que fatalmente teriam de ser resgatado das ruas, de ser encaminhados a abrigos já saturados,


SOMOS FELIZES VENCEDORES

Afinal,

Vencem na vida os que a encaram com permanente otimismo.
Vencem sempre os que sabem lutar, sem perderem a direção da vitória.
Vencem aqueles que começam a luta pensando que, por mais árdua que seja,
ela os leva para o endereço que propuseram, sem pensar em derrotas.
Vencem aqueles que não desanimam em fase das dificuldades e para os quais os obstáculos
servem como degraus para a subida e para a consecução do objetivo

Felicidade é o resultado dessa tentativa.
Ame acima de tudo.
Ame a tudo e a todos.
Deles depende a felicidade completa...
Descubra aquilo de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente





aqui todas as fotos



quinta-feira, 13 de junho de 2013


Tá chegando!!!


Um passeio bom pra cachorro



Tá chegando!!!

Um passeio bom pra cachorro,  uma ótima 
oportunidade para levar seu peludo para se divertir e  ainda conhecer pessoas com muitas ideias para melhorar a qualidade de vida dos  animais!!!


ATENÇÃO PROTETORES E SIMPATIZANTES DOS DIREITOS DOS ANIMAIS: A HORA É DE UNIÃO E A CÃOMINHADA É UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE DE MANIFESTARMOS À POPULAÇÃO DA CIDADE DE ATIBAIA QUE QUEREMOS POLÍTICAS PÚBLICAS SÉRIAS DE SAÚDE ANIMAL!!! PARTICIPE!!! PELA CONSTRUÇÃO DO CANIL PÚBLICO JÁ!!!


A  agressividade do cão é culpa do tutor!






O modo como se dá a relação com o ser humano é um importante fator para situações de frustração, medo, agressão e ansiedade em cães.
No estudo, “Relação homem-animal e bem-estar do cão domiciliado”, Sheila Ferreira e Ivan Sampaio, estudiosos da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, alertam que estas emoções podem comprometer o bem-estar do animal, o que acaba colocando em risco o bem-estar da família que o acolhe também.
Segundo o estudo, publicado no vol. 15 da revista Archives of Veterinary Science, o bem-estar do animal depende, entre muitos fatores, de uma relação homem-animal satisfatória. “Um animal que experimenta bem-estar provavelmente vive em um ambiente onde as pessoas lhe proporcionam saúde física e mental”, resumem.
A determinação de um comportamento agressivo, por exemplo, não depende, segundo a pesquisa, exclusivamente da raça, se ela é agressiva ou mansa, mas principalmente, do modo como o cão é criado e educado. “Independente da causa que levou o cão a apresentar uma agressividade despropositada, os tutores serão sempre os responsáveis pelos atos de seus animais e não o contrário”, argumentam.
Estudo identifica que a agressividade do cão é culpa do tutor!
O modo como se dá a relação com o ser humano é um importante fator para situações de frustração, medo, agressão e ansiedade em cães.
No estudo, “Relação homem-animal e bem-estar do cão domiciliado”, Sheila Ferreira e Ivan Sampaio, estudiosos da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, alertam que estas emoções podem comprometer o bem-estar do animal, o que acaba colocando em risco o bem-estar da família que o acolhe também.
Segundo o estudo, publicado no vol. 15 da revista Archives of Veterinary Science, o bem-estar do animal depende, entre muitos fatores, de uma relação homem-animal satisfatória. “Um animal que experimenta bem-estar provavelmente vive em um ambiente onde as pessoas lhe proporcionam saúde física e mental”, resumem.
A determinação de um comportamento agressivo, por exemplo, não depende, segundo a pesquisa, exclusivamente da raça, se ela é agressiva ou mansa, mas principalmente, do modo como o cão é criado e educado. “Independente da causa que levou o cão a apresentar uma agressividade despropositada, os tutores serão sempre os responsáveis pelos atos de seus animais e não o contrário”, argumentam.
De um modo geral, os autores dizem que o cão possuidor de bem-estar adequado seria um animal com ‘condição corporal ideal’, ‘manso’ e ‘tranquilo’.
No estudo, realizado em 60 residências, com um cão em cada uma, os pesquisadores verificaram que 83,3% dos cães eram ‘mansos’, 90% eram ‘tranquilos’ e 56,6% apresentavam uma boa ‘condição corporal’.
Porém, apenas 43,3% (menos da metade) apresentavam simultaneamente as três características, ou seja, experimentavam bem-estar adequado.
Segundo eles, o estado de intranquilidade, caracterizado por ansiedade, excitabilidade e constante atividade é considerado um comportamento anormal, um sinal de alarme, que revela um desequilíbrio entre o animal e seu ambiente. “Geralmente, este estado está associado ao não atendimento de alguma necessidade do animal, seja ela de interação, atividade física ou exploração de ambientes”, alertam.


Manifesto da Ajudajudar
Diante da grande celeuma criada em torno da votação do Projeto de Lei 038/13, de autoria do vereador Paulo de Jesus, e diante de ataques injustificados via redes sociais a membros da entidade e de cobranças de um posicionamento da Ajudajudar achamos por bem divulgarmos nossa posição.
Somos uma associação APARTIDÁRIA, não recebemos verbas públicas, os recursos para que possamos cumprir nossos objetivos, vêm de nossos eventos que são prestigiados por simpatizantes da causa animal e que conhecem e confiam no trabalho realizado pela entidade desde há muito tempo.
Embora a Ajudajudar seja ainda jovem, os membros de sua diretoria, bem como seu voluntariado e as pessoas que apoiam nosso trabalho têm larga experiência na atuação da defesa dos direitos dos animais.
A chamada para um diálogo com sociedade civil, sociedade organizada e Poder Público veio do vereador Rodrigo Parras através da Comissão de Assuntos Relevantes para o bem-estar animal.
Nossa expectativa em relação a essa comissão é discutir diversos assuntos importantes para o bem-estar animal como, dentre outras, a separação entre a UVZ (unidade de vigilância em zoonoses) e canil municipal, sendo que a primeira ficaria sob a gestão da Secretaria de Saúde e cuidaria especificamente de zoonoses e a segunda sob a gestão da Secretaria de Meio Ambiente cujas funções seriam aumentadas cuidando, além da verificação de denúncias de maus-tratos, também responsabilidades sobre a guarda dos animais recolhidos.
Para tal torna-se necessário a concessão de um terreno da prefeitura onde esse canil possa ser construído e, sendo terras públicas o município pode se beneficiar de verbas estaduais e federais que hoje não podem ser repassadas pelo fato da zoonose estar ocupando espaço particular e, por conseguinte impedida de receber tais verbas que são de valores expressivos.
Com essas verbas o setor de bem estar animal poderia realizar mais castrações, realizar campanhas de vacinação contra doenças específicas dos animais, fazer a identificação dos animais,realizar campanhas educativas e de feiras de adoção.
Por muitos anos esperamos por isso e agora há uma possibilidade de se tornar realidade.
Este foi o foco que nos levou a participar das reuniões da Comissão de Assuntos Relevantes para o bem estar animal.
Quanto à mobilização para a aprovação do PL 038/13 que versa sobre a proibição do rodeio na cidade nos pareceu, da maneira como foi conduzido, um aproveitamento político, uma provocação ao Prefeito que sempre manifestou gosto pelos rodeios da mesma maneira que se comprometeu publicamente em entrevista coletiva concedida à imprensa local recentemente a não trazê-los para a cidade.
Por outro lado acreditamos também nas melhores intenções do grupo que liderou a mobilização assim como nas proposituras do movimento Odeio Rodeio de Atibaia, só não concordamos sobre a maneira como foi feito. Haveria que ter maior discussão, maior amadurecimento de idéias, menos precipitação para não cair nas armadilhas da própria legislação.
Defender os animais de maus-tratos, da exploração comercial, das situações de risco sempre foi e continua sendo nosso objetivo, assim como acreditamos seja também a dos protetores independentes que se movimentaram pela aprovação da lei de proibição dos rodeios. Nossas táticas é que são diferentes.
Não agredimos ninguém, não postamos injúrias nas redes sociais, não cobiçamos o que é dos outros. Dialogamos, apresentamos argumentos sólidos, buscamos informações, bebemos de fontes fidedignas de conhecimento para que possamos enriquecer nosso diálogo tanto com o Poder Público quanto com a sociedade. Acreditamos em parcerias procurando sempre agregar esforços em busca de um objetivo maior em benefício dos animais.
Não rotulamos pessoas como protetoras ou não. Estamos mais interessados naquilo que as pessoas fazem, pois como já dizia o poeta “o homem que diz sou, não é, porque quem é mesmo não diz”.
Não nos impressionam ímpetos emocionais, a balbúrdia adolescente e nem os comentários frívolos e irados das redes sociais. Somos adultos e agimos como tal, com respeito, sobriedade, capacidade de argumentação, integridade. Somos da paz, pois acreditamos que é no estado de serenidade que nossos olhos e ouvidos podem estar abertos, para darmos uma pequena contribuição no sentido de construirmos um mundo melhor para humanos e animais não humanos. Não temos medo de andar por novos caminhos e aceitarmos novos desafios e se erramos, procuramos corrigir nosso erro e refazemos o percurso.
Somos sim contrários aos rodeios e a qualquer atitude que fira a dignidade de um animal e possa lhe causar dor ou sofrimento seja ele físico e/ou psicológico.
Consideramos que foi e é pernicioso todo e qualquer tipo de atitude onde o emocional prevaleça sobre a razão. Há que se buscar o equilíbrio entre coração e mente. Consideramos de suma importância o diálogo baseado na apresentação de argumentos fortes e consistentes, na elucidação a respeito da matéria em questão que leva ao conhecimento aprofundado do assunto abordado, o amadurecimento e fortalecimento das ideias.
Agora acreditamos que é hora de repensar e preparar melhor o cenário para que as futuras reivindicações da proteção animal possam ser vistas com respeito e seriedade.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Lares temporários: uma ajuda preciosa para cães e gatos em Atibaia




O trabalho em defesa dos animais, principalmente para proteger e amparar animais abandonados, doentes ou maltratados, tem crescido de maneira expressiva em Atibaia nos últimos anos. Um dos seus principais focos, mantido pela ONG Ajudajudar, é a castração de cães e gatos abandonados, nascidos nas ruas ou cujos proprietários não têm condições financeiras para providenciar a cirurgia. Graças à parceria com uma série de médicos veterinários que apoiam esse programa e praticam esse procedimento a baixo custo, tem sido possível castrar um número expressivo de animais. Em 2012, por exemplo, foram 393 cães e gatos castrados, o que representa uma redução importante do número de futuros filhotes que já nasceriam no abandono ou em condições precárias de vida.

Mas, além da castração, muitos animais precisam contar com um abrigo temporário para a fase de recuperação da cirurgia ou mesmo enquanto aguardam pela adoção. Manter esses cães e gatos em abrigos permanentes (públicos ou particulares) não é a melhor alternativa, na visão da Ajudajudar, uma vez que esses ambientes representam alto custo de manutenção e nem sempre podem oferecer as condições adequadas de vida aos animais.

A saída mais prática e realista tem sido o trabalho da equipe de voluntários e protetores para encaminhar cães e gatos para castração e adoção. Nesse sentido, é essencial contar também com lares temporários, casas que irão hospedá-los apenas por algum tempo. Pessoas que tenham condições para abrigar um, dois ou mais cães ou gatos temporariamente são uma ajuda preciosa para o sucesso do resgate, castração e adoção.


Cuca Barreto - jornalista e voluntária da Ajudajudar

Animal não é brinquedo, é um ser vivo digno de cuidados e respeito




A posse responsável é uma das principais obrigações das pessoas dispostas a manter cães, gatos ou outros animais de estimação. Para ser um proprietário responsável é preciso, em primeiro lugar, entender que eles não devem ser maltratados. Mas o que são, afinal de contas, maus-tratos aos animais? É importante saber que o abandono, falta de cuidados veterinários, falta de segurança e uma série de outros sinais de falta de atenção certamente irão provocar sofrimento e dor e, portanto, serão considerados maus-tratos.
A ONG Ajudajudar, de Atibaia, ressalta o fato de que maltratar os animais é um crime previsto pela legislação. É fundamental lembrar que o animal, como os seres humanos, sente fome, sede, medo, angústia e dor, e deve ser tratado carinhosamente:

- Nunca deixe o animal solto em lajes sem proteção. Nessas condições, ele estará em risco iminente de sofrer queda, além de colocar em risco a vida de terceiros.
- Nunca deixe o animal sozinho dentro do carro. Ele poderá morrer por asfixia e/ou desidratação em poucos minutos.
- Em locais públicos, conduza o animal sempre com guia, evitando fuga, atropelamento e ataques.
- Ao passear com seu animal, leve água para hidratá-lo. Recolha os dejetos dele e mantenha a cidade limpa.
- Providencie telas de proteção em janelas e sacadas a fim de evitar queda, fuga e/ou morte do animal.
- Mantenha o animal com boas condições de alojamento, abrigado do sol, chuva e frio.
- Forneça alimentação adequada e de boa qualidade, assim como água sempre limpa e fresca.
- Nunca deixe o animal acorrentado ou sem condições de locomoção.
- Nunca abandone um animal. Abandono é crime!
- Nunca use de maus tratos/crueldade. Nunca bater, arrastá-lo pelas orelhas, rabo ou patas;
- Preserve a saúde e integridade do animal. Submeta-o aos cuidados veterinários sempre que necessário.
-Esterilize seu animal para evitar crias indesejadas.
- Para evitar acidentes, coloque uma placa de aviso “Cuidado com o Cão”.
- Identifique seu animal. Providencie plaqueta com seus contatos para colocar na coleira.


Cuca Barreto, jornalista e voluntária da Ajudajudar

ENCONTREI SEU CÃO



Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto a maioria das pessoas já tem vários cães e quem não tem nenhum não quer um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez ele estava bem longe da casa mais próxima, sozinho, com sede, magro e mancando por causa de um machucado na pata.

Eu queria tanto ser você no momento em que parei na frente dele! Então poderia ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular em teus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não o esqueceria. Poderia ver o perdão nos olhos dele por todo sofrimento e dor que passara na interminável jornada à tua procura. Mas eu não era você. E apesar de minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, os olhos dele viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.

Então ele se virou e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que o caminho o levaria a você. Ele não entendia porque você não o estava procurando. Ele só sabia que você não estava lá, sabia que precisa te encontrar e que isso era mais importante do que comida, água ou o estranho que poderia lhe dar essas coisas.

Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Nem o nome dele eu sabia! Fui para casa, enchi um balde com água, coloquei comida numa vasilha e voltei para o lugar em que o encontrara. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele estivera descansando ao abrigo do sol. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa te encontrar.

Aguardei na esperança de que voltasse a buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida fizessem com que confiasse em mim; assim poderia levá-lo para casa, cuidar do machucado da sua pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que você não faria mais parte vida dele. Ele não voltou naquela manhã e a água e a comida permaneceram intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar teu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha que lhe daria o destino que você talvez achasse que o libertaria de todo o sofrimento pelo qual porventura estivesse passando.

Voltei ao mesmo lugar antes do anoitecer e não o encontrei. Na manhã seguinte, retornei e vi que a água e a comida continuavam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamá-lo pelo nome, tua voz lhe é tão familiar!

Comecei a caminhar na direção que ele havia tomado antes, mas sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.

Horas mais tarde e a uma boa distância do lugar onde o vira pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede já não o atormentava, sua fome fora saciada, suas dores haviam passado, o machucado da pata não o atormentaria mais. Seu cão estava morto. Livrara-se do sofrimento. Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar ali antes para que eu pudesse ter visto brilho naqueles olhos vazios, nem que só por um instante. Rezei, pedindo que sua jornada o tivesse levado ao lugar que imagino você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E sofri, sofri muito, pois sei que se ele acordasse agora e se eu fosse você, os olhos dele brilhariam ao vê-lo e ele abanaria o rabo perdoando-o por tê-lo abandonado.

Autoria Desconhecido

Posse responsável é a solução para evitar o abandono de animais




Há uma série de temas ligados à defesa animal que estão ganhando espaço cada vez maior nos debates em todo o mundo, com destaque para a necessidade de inibir os diversos tipos de maus-tratos e atitudes de crueldade. Entre os assuntos mais importantes nessa discussão está a questão do abandono de animais de estimação como cães e gatos. Domesticados pelo homem há milhares de anos, esses grandes companheiros têm oferecido sua amizade, proteção, trabalho e dedicação, pedindo em troca alguns cuidados básicos e a certeza de que continuarão a ter a amizade daqueles a quem foram entregues.
Ser proprietário de um animal de estimação é ser responsável por ele até o fim de sua vida, cuidando e garantindo seu conforto, segurança e saúde. Seja ele um animal de raça pura ou sem raça definida, filhote ou idoso, tenha nascido em um belo canil ou tenha sido resgatado das ruas, seja como for ele será para sempre um ser vivo que sente fome, frio, medo, dor e tristeza quando é abandonado. O abandono é um dos inúmeros tipos de maus-tratos aos animais e, como tal, é considerado crime passível de punição legal. O Brasil tem aperfeiçoado constantemente sua legislação nesse sentido e outros países continuam também em permanente debate para encontrar a melhor maneira de inibir o abandono e outras formas de maus-tratos.
Informações divulgadas esta semana pela imprensa internacional, por exemplo, dão conta de que o México também avançou significativamente em direção a uma política mais efetiva de proteção aos animais, dando um exemplo que tem tudo para ser seguido em outros países. A partir de agora, graças a decreto promulgado na Cidade do México, passaram a ser caracterizados como crimes a crueldade e os maus-tratos de animais domésticos, de rua ou silvestres. O castigo para quem cometer esses crimes poderá chegar até seis anos de prisão.
Para combater o abandono e outras práticas cruéis, é fundamental que os proprietários de animais de estimação compreendam sua responsabilidade para garantir que seus companheiros terão uma vida saudável, segura e feliz.

Entre as diversas recomendações para a posse responsável, a ONG Ajudajudar de Atibaia destaca alguns pontos que são essenciais na hora de decidir adotar um animal. Para começar, é preciso saber se toda a família está de acordo com a chegada de um cão ou gato em sua rotina e se haverá recursos financeiros suficientes para mantê-lo, com uma alimentação saudável, consultas ao veterinário, vacinas, etc. Também é importante saber quem ficará responsável por cuidar do animal durante os dias da semana, nos finais de semana, férias e feriados. Vale lembrar que um cão ou gato não é um brinquedo, ou seja, não é possível simplesmente deixá-lo de lado quando a “brincadeira” cansar.

Outra recomendação é que o novo dono saiba muito bem quais são as características do animal – tamanho, hábitos, necessidades – e tenha a certeza de que terá espaço suficiente, além de tempo e paciência para ensiná-lo com carinho. Tudo isso ajuda a evitar problemas futuros e, o que é mais importante, pode ajudar a reduzir o número de animais que são abandonados apenas porque seus donos não sabiam quais eram as verdadeiras responsabilidades envolvidas. Finalmente, ser um proprietário responsável é também evitar as crias indesejadas de cães e gatos, providenciando sua castração o mais breve possível.


Cuca Barreto (jornalista e voluntária da ONG Ajudajudar)

Defesa dos animais é responsabilidade de todos



Desde que ganhou impulso o debate sobre os direitos dos animais tem crescido também a preocupação da sociedade, em todo o mundo, com os diversos aspectos envolvidos nessa questão. Amar, respeitar, cuidar e ser solidário com o sofrimento dos animais já começa a fazer parte do conceito de responsabilidade social e ambiental. A tal ponto que os maus tratos e a crueldade, incluindo aí a dolorosa prática do abandono, passaram a ser considerados crimes ambientais.

A legislação brasileira também avançou e, aos poucos, o esforço das ONGs, voluntários e protetores tem sido fundamental para informar melhor a população. É preciso, porém, que ainda haja maior conscientização em relação à maneira pela qual devem ser tratados cães, gatos, pássaros, animais silvestres e toda uma grande variedade de seres com os quais o ser humano convive, mas, infelizmente, nem sempre sabe respeitar.

As entidades de defesa da vida animal tem multiplicado esforços em todo o Brasil, acompanhando uma conscientização que cresce cada vez mais também em escala global. Em Atibaia, esse trabalho vem sendo desenvolvido de maneira significativa pela ONG Ajudajudar principalmente no que diz respeito à castração de cães e gatos abandonados ou pertencentes a pessoas que não têm condições financeiras para fazê-lo.

E por que é tão importante garantir a castração? Quem viu Atibaia há 15 anos e quem vê hoje nota muita diferença: as ruas não estão mais cheias de animais abandonados, de fêmeas no cio, de grupos de machos brigando pelas fêmeas e de muitas caixinhas com filhotes subnutridos abandonados. Isso mudou e a mudança aconteceu graças à castração.

Essa prática é hoje adotada em todo o mundo. Parte-se do princípio de que somente as crias desejadas devem nascer, porque as indesejadas caem no abandono e não há donos responsáveis suficientes para absorver tantos filhotes. Hoje, embora ainda existam muitos filhotes abandonados na cidade, eles já têm outra aparência, são no geral mais fortes, porque vêm de casas (que ainda não aceitaram a idéia da castração) e não da rua como era antigamente.

A castração significa cortar o mal pela raiz: menos filhotes, menos abandono, menos sofrimento, menos doenças, menos acidentes, menos crueldade. Outro ponto importante é que a castração não pode parar nunca, sob pena de voltarmos rapidamente à situação anterior pois a rapidez com que as fêmeas dão cria e a quantidade de filhotes que nascem fazem a situação crescer em proporção geométrica.